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Municípios de São João do Rio do Peixe, Sousa, Ingá, Alagoa Grande e Boa Vista entraram no roteiro dos óvnis, segundo relatos dos moradores
Fernanda Medeiros
Seres estranhos e objetos voadores não identificados (óvnis) voltaram a aparecer no interior da Paraíba. Desta vez, eles escolheram as cidades de São João do Rio do Peixe, Sousa, Ingá, Alagoa Grande e Boa Vista. Para estudar o caso, o ufólogo e biólogo Paulo Aníbal G. Mesquita, da organização EXO - X com sede em São Paulo, passou uma semana no estado colhendo informações e material para comprovar a hipótese de seres extraterrestres em solo paraibano.
O ufólogo desembarcou no estado atraído pela história de um senhor de São João do Rio do Peixe que presenciou um ser diferente, com aparência animalesca na região. ''Pedimos para que a pessoa desenhasse o ser. Através da figura, podemos observar que o ser tem os membros superiores e inferiores, cabeça grande e olhos redondos escuros'', afirma Aníbal. A aparição aconteceu em uma noite de lua cheia. De acordo com relatos da pessoa, em outra ocasião, ele já havia visto uma luz muito forte passando pela cidade em direção a cidade de Sousa.
Outro relato que Aníbal está investigando é o de um óvni que apareceu em Ingá. Segundo ele, o observador descreveu a nave como se fosse um cone de cabeça para baixo, com brilho esbranquiçado, um feixe de luz amarelo e três bolas vermelhas.
No relato, a pessoa afirma que apenas uma das bolas vermelhas aterrissou. O ufólogo recolheu uma pequena amostra do solo onde, possivelmente, um dos círculos pousou, para analisar em laboratório e confirmar se houve a presença de um óvni. ''Estamos levando para analisar o material que pegamos em Ingá para averiguar se a aparição se trata de um óvni. Geralmente, nos locais onde as naves aterrissam a terra fica estéril'', explica.
Ele acredita que deve ter havido realmente o pouso de algum objeto voador não identificado em Ingá, porque uma das primeiras evidências acontece quando a bússola fica girando sem ter uma direção certa. ''A bússola ficou descontrolada, o que prova a existência de uma força magnética grande. E isto acontece quando uma nave aterrissa na terra, pois têm um magnetismo extremamente forte'', acrescenta. Para Aníbal, as luzes vermelhas são uma espécie de naves menores que servem para sondar o ambiente. Ele afirma que há relatos, ainda, de casos em Alagoa Grande e Boa Vista.
Na cidade de Sousa, Paulo Aníbal, ficou sabendo da historia de uma senhora que teria sido abduzida. ''Tentamos pegar o relato da senhora que pode ter sido raptada por seres alienígenas, mas ela não quis falar sobre o assunto'', relata.
Pouso de nave é investigado
A hipótese de um óvni ter aterrissado em Ingá e outro em Alagoa Grande está sendo analisada pelo EXO - X em São Paulo. A conclusão sobre o estudo deverá estar pronta dentro de um mês. ''Pegamos uma amostra do local onde a nave pousou, além de umas folhas secas para fazer a comparação. Acredito que teremos o resultado dentro de um mês'', afirma Paulo Aníbal.
Ele disse que realiza inúmeras pesquisas de campo através de informações recebidas das mais diversas fontes, desde relatos de visões de naves até casos relacionados com aterrissagem. Os estudiosos analisam também outras formas de interações entre o óvni e o meio ambiente, como por exemplo, a ação das 'luzes' do objeto sob o solo.
''É importante a preservação do local, com as suas características originais para a realização da perícia inicial, com todos os levantamentos possíveis, como metragem, levantamento fotográfico, determinação da temperatura, do PH, coleta de materiais em pontos específicos, verificação do campo magnético, verificação de elementos estranhos, verificação microscópica inicial e medição radioativa quando possível (com contador Geiger).
Pesquisa e equipamentos
A EXO - X utiliza para uma pesquisa de campo mais de 10 equipamentos. Entre os essenciais estão as luvas cirúrgicas, pinças, paquímetro, lupas, mini microscópio (60x-100x), além de luz ultravioleta, bússola, magnetômetro, bisturi, fitas de ph, frascos estéreis para coleta e frascos escuros para coleta de líquidos.
''Todo esse material é necessário para a coleta de evidências achadas em pesquisa no campo, assim como amostras de solo, vegetais ou qualquer outro elemento inerente ao caso para posterior pesquisa em laboratório'', ressalta. Ele enfatiza que o uso de toda a parafernália é essencial por questão de biossegurança devido à manipulação com elementos estranhos, que podem contaminar a pele.
Ele detalha que do material colhido é realizada uma análise microscópica, além da cultura em meio nutriente, porque segundo o ufólogo, ambos ajudam na determinação das características biológicas, entre elas a fertilidade do solo, pois os UFOs interferem nas características de fertilidade.
E MAIS
Feixe de luz
No site mundoinfinito.kit.net/ufologia.htm, Paulo Aníbal relata um caso, onde um ''óvni inseriu um feixe de luz cônica sobre à copa das árvores causando um incêndio de cima para baixo formando uma clareira de aproximadamente oito metros de diâmetro''. Ele conta que coletou amostras do solo e da vegetação. O PH deu 4,5, ou seja, muito ácido, levando assim a diminuição da fertilidade do solo posteriormente verificada pela cultura do mesmo, constatando-se a esterilidade nos pontos pesquisados. A equipe de ufólogos da EXO-X investiga o depoimento de um casal de Peruípe, interior de São Paulo, onde um objeto refletia luz azul, vermelha, amarela e verde. De acordo com o relato dos observadores, o óvni ficou brilhando e refletindo as luzes por algum tempo. Logo depois, o casal percebeu mais três objetos no céu e um deles saiu em uma velocidade impressionante. Outra história é de um piloto da empresa aérea TAM, que em 2002, recebeu a informação da torre de comando que havia um objeto não identificado na área. Ele sobrevoou a região e confirmou a presença de um ovni de aproximadamente 300 metros. ''De acordo com o fato, acreditamos que esta seja a chamada 'nave mãe', porque existem as menores que são uma espécie de sonda'', explicou Paulo Aníbal.
CPBUfo
Na Paraíba, existe o Centro Paraibano de Ufologia (CPBUfo) que acompanha algumas visualizações de seres e óvnis no Estado. O presidente atual, Cláudio Quintans, disse que o Centro passa por uma crise financeira que chega a dificultar os trabalhos de investigação.
''Não temos apoio de ninguém e fica difícil para acompanhar os casos, porque eles estão em vários locais. Na região de Sousa, por exemplo, estão acontecendo várias incidências'', afirma.
O grupo ufológico paraibano sempre se reúne nas últimas sextas de cada mês, na Caixa Beneficente da Polícia Militar, localizada nas Trincheiras, em frente ao prédio da Embratel. Nas reuniões eles trocam experiências, assistem palestras, além de contarem casos curiosos sobre a existência de óvnis.
Outra dificuldade do grupo acontece em relação aos relatos de aparições. ''Muita gente evita testemunhar que viu um óvni temendo cair no ridículo. Tem gente que vê coisas estranhas no céu, mas silencia. E quando acontecem relatos, muitas vezes, as pessoas chegam a receber represálias dos locais onde trabalham'', afirma.
De acordo com o acompanhamento dos casos no Estado, Cláudio Quintans disse que a maioria dos seres que já foram vistos mede cerca de um metro e meio e têm cor cinza, são os chamados ''gray''. Quintans ressalta também que os locais preferidos dos ovnis são as regiões montanhosas e altas.
“Nave sai do mar em SC”
O presidente do Centro Paraibano Ufológico, Cláudio Quintans, afirma que uma das experiências mais interessantes vivenciadas por ele aconteceu em uma praia de Florianópolis, no ano de 83.
''Estava no final da tarde, quando vi sair do mar uma nave em forma de cone e passou com uma velocidade de 30 quilômetros, quase parando. Ela estava tão perto do chão, numa altura de um coqueiro. Depois de um tempo, a nave desenvolveu uma velocidade impressionante e desapareceu em segundos'', destaca Cláudio Quintans.
Possíveis aparições de óvnis no Estado
üUm dos casos interessantes acompanhados pelo grupo foi o de uma senhora em Bananeiras, no ano de 95, que foi queimada por uma luz misteriosa. Segundo Quintans, a mulher viu do alto de um barranco uma luz forte e quando chegou perto observou um objeto, como um grande casco de tartaruga todo luminoso. ''Quando ela se aproximou mais, um feixe de luz atingiu a senhora no seu lado esquerdo. A queimadura foi constatada pelos médicos, mas ninguém acredita na versão da mulher. O interessante é que o vermelhão não passava com nenhum medicamento. Só desapareceu com um tempo'', relata.
Os óvnis também sobrevoaram a cidade de Guarabira no período de 96 a 98. ''Em Guarabira, as luzes chegavam a apagar e a cidade ficava quase toda no escuro na hora em que as naves sobrevoavam a região'', afirma.
Mais recente, o CPBUfo registrou três acontecimentos no município de Bayeux, na grande João Pessoa. O fato, publicado na revista Ufo, edição 77, conta que Jorge Eduardo Nascimento, operador de máquinas de uma fábrica de plásticos, localizada próximo ao Aeroporto Castro Pinto, estava lanchando quando visualizou no dia 23 de agosto de 2000, um ponto luminoso no céu. Logo o observador pensava em se tratar de um avião, mas descartou a hipótese quando a forte luz aproximou-se bastante, amedrontado-o. Mais uma aparição, no dia seis de setembro, do mesmo ano, foi confirmada por quatro operários da mesma fábrica: André Ferreira Alves, Valmir Feliciano Lima, José Carlos Silva e Wertavan Nascimento. Eles contam que o objeto voador movimentava-se sobre um gramado e ficou pairado a dois metros do chão. O ovni emitia um zumbido forte e apresentava cor vermelha alaranjada. Quando saiu mudou para a cor amarela. Três dias depois outra nave foi vista, desta vez, por 12 pessoas.
Em Sousa, um funcionário da Cagepa, que não quis se identificar narrou para o presidente da CPBUfo que viu seres extraterrestres. O rapaz contou que estava no estacionamento do trabalho, no período da noite, quando foi surpreendido por um clarão e logo depois a presença de 12 seres estranhos, que mediam metro e meio de altura, cor prateada, pele brilhante e emitiam sons. Após 10 minutos, os seres desapareceram através de uma luz brilhante. O interessante é que o vigia do local não viu nada, pois caiu em um sono profundo. Os estudiosos acreditam que o vigia pode ter sido adormecido pelos possíveis alienígenas, enquanto eles tentavam um contato com a pessoa do carro.
Pessoas são abduzidas
O ufólogo Paulo Aníbal conhece 14 casos de pessoas que foram raptadas ou abduzidas por seres extra-terrestres. Segundo ele, em todas as vezes que isto acontece as vítimas apresentam sintomas físicos e psicológicos. Em alguns relatos os abduzidos dizem que passaram por exames de natureza médica.
Aníbal lembra a história de uma senhora no Rio de Janeiro, que quando estava dirigindo o carro observou um objeto circular grande com muitas luzes na parte inferior. O óvni emitiu um feixe de luz sobre o automóvel de depois disso a mulher não lembrava de ter percorrido um pequeno trecho da estrada.
Com o tempo, ela ficou com sangramento na narina direita, além de ter alguns sonhos nítidos com a sensação de flutuar, acompanhada por seres estranhos. Paulo relata que depois a senhora realizou algumas radiografias para o tratamento de uma possível sinusite e constatou a presença, no lado direito da cabeça, de um objeto metálico pequeno e esférico. Os estudiosos acreditam que se trata de um implante. ''Podemos interpretar, neste caso, que provavelmente ela foi abduzida logo após o contato do feixe de luz do óvni que foi durante o intervalo do trecho da viagem que não se lembra e depois eles implantaram algo ainda indefinido'', explica Aníbal.
O ufólogo ressalta que nos casos de abdução que acompanha, as vítimas avistam o óvni e depois tem a emissão de uma luz ou um feixe luminoso. ''Quando há mais pessoas que não são de interesse da abdução, parece que eles dão um jeito de adormecer as mesmas. Provavelmente essa luz é responsável pelo transporte para o interior da nave, onde o abduzido fica, geralmente, dentro de uma sala ou compartimento, onde em seguida é conduzida para uma mesa metálica''. Os abduzidos não podem mover-se ou reagir contra nada, pois perdem o controle mental. Após ser conduzido, a pessoa fica em uma espécie de maca, onde são realizadas seqüências de atos que parecem com os procedimentos de exames médicos.
Paulo Aníbal acredita que os seres examinam a região da face (órgãos do sentido), utilizam, também, aparelhos com agulhas que inserem na região do ventre e pela vagina, com incisões para retirada de tecidos da pele. Alguns relatos dizem que os ''Ets'' forçam as pessoas a ingerir um líquido pastoso e examinam também a coluna vertebral. Aníbal acrescenta que algumas mulheres, depois de serem abduzidas, passam a sentir cólicas e têm até hemorragias.
E MAIS
Algumas informações de abduzidos revelam que os extraterrestres conseguem imitar um ser humano. ''Temos um caso famoso em São Paulo que é o de Onilson Patero, na década de 70. Ele conta que foi abduzido e quando chegou na nave foi surpreendido por um ser igual a ele, como se tivesse um espelho em sua frente. Acredita-se que os seres haviam conseguido imitar a sua forma física para sondar a terra sem ser percebido como um extraterrestre''. De acordo com as pesquisas da EXO-X, na maioria das abduções os seres possuem estatura de até 1,50 m de altura, cor cinza, olhos escuros e grandes, ausência de nariz, boca sem lábios e corpo muito magro e às vezes são acompanhados por seres de estatura maior. |
